Trabalho 3
O avanço tecnológico expande as maneiras do design auxiliar na área da saúde e bem-estar da população. Próteses mecânicas e biônicas, por exemplo, permitem a substituição de membros perdidos a indivíduos que se acidentaram. A primeira possibilita movimentos mais restritos ao usuário, enquanto a segunda utiliza sensores que ativam a partir de contrações musculares e impulsos nervosos.
A maioria dos modelos existentes de próteses biônicas dependem de contrações musculares, assim, a movimentação é um pouco mais devagar. Elas utilizam sensores que ativam com os movimentos dos músculos.
Pensando em potencializar o mecanismo de funcionamento das próteses biônicas para membros inferiores a Ossur – empresa que desenvolve pesquisas e projetos relacionados a ortopedia – desenvolveu os Implanted Myoeletric Sensors (IMES) – sensores que a partir dos sinais enviados pelo cérebro, ativam e permitem a movimentação da prótese.
Ao pensar em movimentar a perna, os sensores traduzem os impulsos elétricos – comandos – que o cérebro do paciente transmite e enviam para a prótese biônica. Por estarem implantados próximos do local de amputação esses sensores funcionam como continuação das terminações nervosas, permitindo movimentos mais rápidos e naturais.
Segundo Thorvaldur Ingvarsson, cirurgião ortopedista que liderou a pesquisa, o movimento de um indivíduo geralmente se inicia de forma inconsciente. O humano pensa em mexer uma parte do corpo e impulsos elétricos são transmitidos para que o musculo pensado se mova. Na prótese biônica, esses impulsos são recebidos pelo IMES localizados no tecido muscular próximos do local amputado. Apenas dois pacientes estão testando a prótese e ambos estão vivendo com ela a mais de um ano e dando um ótimo feedback para os pesquisadores.
O projeto é interessante pois não é necessário cirurgias complexas para a instalação dos sensores, além de transmitir a sensação de que a prótese realmente é uma continuação do corpo do paciente. Porém, para intensifica-la, é preciso que pensem em formas do usuário sentir os objetos, podendo diferenciar texturas ou até mesmo sentir dor. Assim, a prótese será muito mais fiel ao membro original.
Uma ideia que já vem sendo pesquisado são as próteses biônicas que permitem o paciente sentir os objetos. A E-Derme, por exemplo, é um projeto de pele eletrônica liderado pelo pesquisador Luke Osborn que promete devolver ao individuo sem as mãos a sensação de toque. A tecnologia contém sensores nos dedos que imitam terminações nervosas e transmitem os impulsos para os nervos periféricos do usuário. Assim, o paciente consegue perceber quando o toque é mais leve, mais forte e até mesmo sentir dor.
REFERÊNCIAS:
https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=e-derme-sensacao-toque-dor-mao-bionica&id=010180180628#.XKwdjthjNEY
https://tecnoblog.net/178497/perna-bionica-cerebro/
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